Nuno Couto Soares

Uma breve biografia

Nuno Couto Soares

Breve biografia

Nascido na Cedofeita, 1962, cidade do Porto, Nuno Manuel Marques Couto Soares, frequentou e concluiu o curso de fotografia profissional no Instituto Português de Fotografia (IPF) do Porto (2011-2013). O seu interesse pela fotografia surgiu após ter recuperado de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico que o colocou em coma induzido durante mês e meio (2008). Quando acordou do coma, não se lembrava do nomes dos seus filhos e nem do seu, tinha perdido a memória. Foram necessários seis meses de internamento para recuperar parcialmente as funções motoras do lado direito do seu corpo, a fala e parte da memória.

A fotografia como recuperação

Este evento marcou de tal forma Nuno que, quando saiu do Hospital, decidiu fazer da recuperação uma mudança total na forma estar na vida, recomeçando-a ao lado dos seus pais que, foram fundamentais, dando-lhe o apoio emocional e familiar de que precisou até Novembro de 2012, mês e ano em que a sua mãe, Maria Teresa de Nápoles Ferreira Marques Couto Soares, faleceu. O seu pai, Dr. João Octávio Couto Soares havia falecido em Outubro de 2010. Durante este período, incentivado pelo seu sobrinho Tomás Salvador, Nuno inscreveu-se no IPF para fazer o curso profissional de Fotografia e fazer da fotografia o seu estímulo de vida.

Ligação a Cinfães

Nuno Couto Soares tem uma ligação de sangue com Cinfães, através do seu pai, Dr. João Octávio Couto Soares (1920-2010), um cinfanense natural de São Cristovão de Nogueira, filho de Abel Couto e Aurora Emília Lemos Soares. Após a morte da sua avó (1960) e do seu avô (1968), o pai de Nuno ficou muitos anos sem visitar a sua terra natal. Nuno apenas se lembra de visitar Cinfães já no final da década de 70, com 15 anos de idade. Daí, e até meados dos anos 90, as viagens a Cinfães eram pontuais e serviam para visitar as suas tias Amândia e Olga Couto Soares. A sua Tia Olga herdou a casa dos seus pais (Avô Abel e Avó Aurora), casa essa mais conhecida por Casa Alta.

A reconstrução da casa alta

É conhecida pela Casa Alta, devido à arquitectura da casa que era estreita e muito alta, diferente de todas as habitações em redor. Devido a um raio que atingiu o telhado da casa nos anos 80, a casa ficou durante alguns anos sem ser habitada, até que nos anos 80, a sua tia Olga Couto Soares decidiu recuperá-la com um projeto do Nuno. Em 1996, a reconstrução ficou concluída e a sua tia Olga colocou a casa no nome dos seus dez sobrinhos, filhos do Dr. João, mas podendo fazer uso fruto da casa até à sua morte.

Conhecer Cinfães

De 1997 a 2009, Nuno, casado e com dois filhos, nunca visitou Cinfães. Só regressou a Cinfães no verão de 2009, depois de ter começado a conduzir em Junho de 2009, ainda a recuperar fisicamente do AVC. Passou o fim de semana, regressando regularmente até o pai ter falecido. Depois do pai ter falecido (2010) não foi mais a Cinfães para ficar com a mãe. Só após a morte da mãe (2012) é que começou de novo a passar tempo em Cinfães. Foi no período de 2009 a 2010 que Nuno começou a percorrer o concelho de Cinfães com o seu SMART, descobrindo-o e a cada descoberta o seu interesse e curiosidade pela terra do seu pai intensificou-se, de tal forma que no ano de 2016, comprou aos seus nove irmãos a totalidade das partes de um moínho de água, em ruínas há muitos anos e que agora está a ser reconstruído para ser a sede do seu projecto de fotografia dedicado a Cinfães que se chama: Luz Levada.